quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Serras de Azeitão

O Serras de Azeitão Branco 2007 é feito com Fernão Pires, Arinto e Chardonnay. É muito fresco, com bons aromas e boa acidez. Pelo preço (menos de € 2,00) bebe-se sem grandes preocupações. Um belo vinho para o dia a dia.
Acompanhou umas costeletas com queijo de ovelha e legumes cozidos.



terça-feira, 25 de novembro de 2008

Manteiga do Mileu

Há algum tempo, postei aqui sobre a manteiga das Marinhas, de Esposende. Esta, dos lacticínios do Mileu, na Guarda é excelente. É pena haver tão pouca e ser tão difícil de encontrar (comprei numa confeitaria ao lado dos lacticínios).


Vila Santa 2005

João Portugal Ramos é um dos mais consistentes produtores portugueses. O seu projecto no Alentejo passa pelos Loios, os vinhos de entrada de gama, o Marquês de Borba e o Marquês de Borba reserva, o Quinta da Viçosa (um Alentejano de topo, como o Marquês de Borba reserva), os varietais (Antão Vaz, Aragonês, Trincadeira, Tinta caiada e Syrah) e o "porta estandarte" da casa, o Vila Santa.
Feito com Trincadeira, Aragonês, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet com um estágio de nove meses em meias pipas de carvalho americano e francês apresentou na edição de 2005 um vinho muito requintado, provavelmente o melhor Vila Santa de todos.
Belíssimo acompanhamento para uns pés de porco com feijão...



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bife com Molho de Alho

Esta forma de preparar um bom bife do vazio é uma delícia.
Grelha-se o bife na chapa bem quente, por forma a ficar mal passado (pessoalmente gosto muito mal passado) e faz-se um molho com azeite, alho esmagado e redução de vinho branco com um pouco de farinha. Servir o bife em tiras com batata cozida e salada.
Acompanhou com um Borba Reserva de 1996.



quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Empadão de Carne

Os empadões constituem uma boa forma de reciclar sobras de carne. Ainda assim, prefiro fazê-los assim:
_no talho, peço para picarem carne de porco e vitela em partes iguais e juntar algum chouriço (convém que seja bom).
_no tacho, deito um fundo de azeite e cebola picada. Deixo a cebola ficar transparente e deito a carne por cima. Em lume brando deixo que a carne liberte os sucos e só depois mexo com a colher de pau. Junto um pouco de vinho branco e sal (dependendo do tipo de chouriço posso juntar piri-piri, pimenta ou nada). Deixo estufar.
_à parte cozo batatas; escorro a água da cozedura e junto um pouco de manteiga; reduzo as batatas a puré, junto leite, aromatizo com pimenta e noz moscada e vou mexendo até a mistura ficar macia.
_num tabuleiro de barro, deito uma camada de puré, a carne e por fim outra camada de puré. Ás vezes ainda pingelo com ovo batido. Vai ao forno (150º) para harmonizar sabores e antes de servir aumentar a temperatura para gratinar um pouco.

Escolhi um Branco Bairrada Bical de 2004, produzido pelo Eng. Manuel dos Santos Campolargo. Um belo branco ainda com uns anos de vida pela frente.



terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quinta do Vale da Raposa 2006

Domingos Alves de Sousa é um dos Produtores mais consistentes do Douro. Com o filho Tiago (enólogo residente) e Anselmo Mendes (consultor) tem no Quinta da Gaivosa um porta-estandarte da casa absolutamente invejável. Para além do Quinta da Gaivosa fez os Vinha de Lordelo em 2003 e 2005, bem como o Abandonado em 2004 que constituem um trio de luxo de topos de Douro. Os Portos Branco e Vintage são já uma referência. Nas quatro quintas, Gaivosa, Caldas, Estação e Vale da Raposa foram fazendo ao longo dos anos várias experiências e da Quinta do Vale da Raposa saiu este tinto da colheita de 2006, feito com Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca.
Foi comprado no sítio do costume ou se se preferir, onde sabe bem pagar tão pouco por € 4,49. Por este preço é um achado...
Acompanhou muito bem um cozido.


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Bacalhau na Brasa com Mix de Legumes Cozidos

Quando se apanha um fogareiro por perto acho que se deve aproveitar...
Este bacalhau não tem história, mas o acompanhamento sim. Batata, batata doce, chuchu, couve flor, bróculos, cenoura e nabiças cozidas e um azeite aromatizado com alho foram uma bela companhia (pois, eu não sabia que os chuchus cozidos eram bons...) juntamente com o aristocrático Dona Berta Rabigato Vinhas Velhas 2007, um dos melhores brancos feitos num ano excepcional aqui em Tugal. Ah, e foi preciso esperar por Novembro para comer o primeiro melão excelente do ano...






sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Atum na Chapa by BB

Este não é by me... é BB (big Bife)

_entradas: azeitonas em azeite aromatizado com ervas e polvo de cebolada, uma delícia.
_prato: atum fresco grelhado na chapa com batata assada e cozida (pediram-se as duas para ver quais ligavam melhor). Gosto muito do atum marinado em vinho branco, alho e limão e grelhado na chapa e no fim passado por um pouco de manteiga.
_sobremesa: Queijo de ovelha com doce de abóbora (chlép).
_a acompanhar, um intereessante Quinta do Carmo Branco de 2006.







terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vinhos de Fim de Semana e Tripas à Moda do Porto

Sobre as Tripas à Moda do Porto, acho que é consensual (para quem gosta) que é uma das melhores coisas que se pode degustar nesta altura do ano. Como é repost, a receita está aqui.
Quanto aos vinhos, depois de ter provado umas coisas mesmo muito boas, neste fim de semana provaram-se duas coisas com belíssimas relações qualidade/preço.
O Adega de Pegões colheita seleccionada 2007 é um belo branco a um preço imbatível. Feito com chardonnay, arinto e antão vaz e com um estágio de três meses em madeira. Fresco, muito frutado,com uma bela acidez e com bons toques da madeira do estágio. Por € 3,00, acho que não se pode pedir mais.
Já o Roda dos Coelhos, é um vinho feito pela Herdade dos Coelheiros para o Grupo Jerónimo Martins. Com um perfil muito parecido com o Vinha da Tapada. Feito com trincadeira, aragonês e syrah. É um vinho sem arestas, fácil de gostar. Para o preço (cerca de € 4,00) revela-se bastante bem.



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Uma Pá de Porco no Forno e Pêras...

Outono, começa a apetecer ligar o forno.
Deixei uma parte da pá de porco (mais ou menos 1 kg) a marinar em vinho branco e alho esmagado, juntei um pouco de banha de porco e levei ao forno. Juntei umas pêras e uns pimentos vermelhos muito pequenos e deixei assar. Fica bem acompanhado com um arroz branco.
Absurdamente simples e de belo efeito...





segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Cafeína Fooding House and a Big Dinner at Big Bife

O Cafeína é um Restaurante da Foz do Porto que dispensa apresentações. Há uns meses abriu um novo espaço, dirigido pelo Frexou, a Fooding House, que é um Wine Bar. Ás sextas feiras costuma haver provas de Vinhos com a presença dos produtores, o que constitui evento em geral a não perder, depois do trabalho e antes de jantar. Na outra sexta, apresentação dos vinhos do Morgadio da Calçada, desenhados pela Niepoort, um branco e um tinto correctos, elegantes, mas sem deslumbrar e uns Vinhos do Porto (branco, Tawny e LBV).
Já se andava há algum tempo a combinar um jantar entre amigos e pronto, foi desta. Depois de discutir onde se podia ir eu sugeri o Restaurante Big Bife, na Estrada Exterior da Circunvalação, sitio simpático, o proprietário-gerente-cozinheiro-empregado de mesa-escanção, o Vitor, bom cozinheiro, bons vinhos quase a preços de garrafeira (pois, não se paga o dobro ou o triplo como na maioria dos restaurantes).
E lá fomos... As entradas, tábua de enchidos (paio e presunto de bom nível), alheira de caça e leitão estavam excelentes. Para jantar pedimos umas costeletas de Vitela grelhadas (a carne lá é excelente, ou não se chamasse o restaurante Big Bife) com umas batatas assadas com pele e aromatizadas com azeite e alho que também estavam uma maravilha. Sobremesa, queijo de ovelha com doce de abóbora (feito pelo Vitor). Quanto a vinhos, começou-se com um Duorum 2007 (um Projecto de João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco para o Douro, um belo vinho, ainda muitíssimo jovem), seguiu-se um Quinta do Carmo 2002 (um belo Alentejano em ano "maldito"), um Pontual Reserva 2004 (outro Alentejano, muito guloso...) e por fim a cereja no topo do bolo, aquele que é provavelmente o mais mítico vinho português, o fabuloso Barca Velha (neste caso o 1999), que nasceu em 1952 de um sonho de Fernando Nicolau de Almeida.
Jantares assim não se esquecem...





sábado, 1 de novembro de 2008

Primeiras Castanhas e Alentejanos de Topo ou o Primeiro Post do Gus

O Gus é um colaborador deste Blog desde a primeira hora; apesar de ao longo deste tempo termos trocado ideias sobre comidas, vinhos, feito alguns jantares e provas em conjunto, coube-me sempre a mim o "fado" de fotografar (ou, no caso de fotos tiradas por outras pessoas presentes, ser eu a recebe-las por email e postar no blog).

Na sequência de um jantar organizado por ele e abaixo documentado vou passar-lhe a palavra para o seu primeiro post.

cupido


Olá a todos,

É sempre muito dificil escrever em público (ainda que seja para uma pequena minoria...).

Geralmente quando combinamos jantares em conjunto, começamos por definir os vinhos que vamos beber e depois pensamos nos pratos que teoricamente podem fazer uma boa harmonização.
Para o jantar de ontem, decidimos beber uns vinhos alentejanos ('coisas boas' a caminhar para vinhos de topo).
Por isso, escolhemos fazer uma comida de tacho e a escolha recaiu sobre uma 'variante de rancho' que se faz na Beira Alta.

Colocamos as carnes a cozer (rabo de porco, costela, um pouco de entremeada, uma chouriça de carne e uma morcela de sangue) . A morcela, depois de cozida, foi salteada em azeite e servida à parte para respeitar gostos diversos dos comensais e potenciar a flexibilidade sápida do prato.
Abriram-se as hostilidades (nos vinhos) com um monocasta do João Portugal Ramos: Um Tinta Caiada, 2004, que estava fantástico. É uma casta normalmente usada para fazer blend com outras castas, mas que bem trabalhada (como bem sabe o J. P.R.) proporciona excelentes vinhos.
Fez-se uma bela tábua de queijos e salteou-se uma alheira de caça selada em azeite.
Serviu-se também um patê campestre (muito bom) e abriu-se um Esporão, Late Harvest, 2006, o que proporcionou uma bela ligação.
Relativamente aos vinhos brancos, pensou-se em abrir um Esporão, Reserva, branco, 2007, mas um belo Alvarinho tentou-nos: O Dorado, 2005, um alvarinho que não é muito consensual, mas de excelente estirpe que deu uma bela prova. Gostei realmente do Dorado.
Voltando ao jantar, fez-se um pequeno refogado, colocaram-se as carnes, cenoura cozida, um pouco de couve juliana, o grão cozido e um pouco de massa (cotovelo) e no final algumas folhas de hotelã (sugestão da Rosa) que deram um toque de frescura excelente. Deixou-se apurar e serviu-se.
Para o jantar propriamente dito abriu-se um Vale do Ancho, 2003, um grande vinho alentejano, muito sério (sem demasiadas notas de 'gulodice'), com taninos firmes, mas redondos. Já no final do jantar serviu-se a estrela da noite: Um T de Terrugem, 2001, que mostrou uma frescura e uma acidez diferente do padrão habitual nos vinhos alentejanos e que promete uma excelente evolução em garrafa para os próximos 5 anos. Ficou na calha um Quinta do Mouro 2002 (para uma próxima).
Com a sobremesa foram servidas as primeiras castanhas da época assadas no forno com um pouco de sal e 'salpicadas' com água e um flan de maçã.