terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dão: There are wines that make the difference


Sábado, quatro de fevereiro do ano do contador - 2012. Rumo a Viseu para um jantar e uma prova memorável dos vinhos do António Narciso, o Enólogo das Quintas das Marias, Mendes Pereira, da Fonte do Gonçalvinho, da Quinta da Fata, da Casa Aranda e do Barão de Nelas.

 
E o António Narciso recebeu-nos, em casa, com balas, as rolhas das garrafas que já tinha aberto, de vinhos que fez. E são muitos...

Começámos por ir buscar os brancos ao frigorífico e fomos provando, enquanto iamos petiscando.

  • Casa Aranda colheita 2010, vinho de lote, DOC, barato (cerca de três euros). Gostámos e o Autor do vinho também lhe acha piada. Fica no top-qualquer coisa de brancos escandalosamente baratos (o outro é o das Bágeiras, na versão 2010).
  • Casa Aranda Encruzado/Malvasia Fina 2010. Seguro.
  • Quinta Mendes Pereira Encruzado 2010. Equilibrado, bem feito, com boa aptidão gastronómica.
  • Quinta da Fata Encruzado 2010. É um grande Encruzado. Distante, sempre distante, mas com uma estrutura como há poucos. Merece um clube de fãs :)
  • Casa Aranda Encruzado 2010. Mais um belo branco do Dão, num estilo mais opulento.

Já ao jantar, o Quinta das Marias Encruzado 2010 (o barricas), mais que bom, mas esse já é um dos clássicos do Dão, que quase dispensa comentários.

Nos rosados, todos de 2010, Quinta do Gonçalvinho, de Aragonês, a cheirar a morangos e a revelar-se seco na boca, excelente para muitos pratos de verão. Um belo rosado. Depois, o Quinta das Marias, feito com Jaen e o da Quinta Mendes Pereira, feito de Touriga Nacional.


Rolhas, copos e vinhos...

 
Passando aos tintos, a prova começou com os vinhos de base, a saber:

  • Quinta dos Picões (da Casa Aranda) Regional Beiras 2008, feito com Syrah e um toque de Cabernet Sauvignon. A introdução do Syrah no Dão. Interessante o conceito, com o estilo a precisar de alguma afinação para ser consensual.
  • Fonte do Gonçalvinho 2008.
  • Quinta da Fata Clássico 2008. Um vinho de que gosto bastante e que tem uma excelente relação qualidade preço.
  • Quinta Mendes Pereira Escolha da Produtora 2006.
  • Barão de Nelas Alfrocheiro 2007.

 
A seguir, provaram-se os reservas:
  • Quinta da Fata Reserva 2009, um clássico. Seguro e bem feito.
  • Casa Aranda Touriga Nacional/Aragonês Reserva 2007. Muito bem conseguido o casamento entre as duas castas, num vinho que dá muito prazer a beber.
  • Casa Aranda Reserva 2007. Feito com as duas castas anteriores mais o Alfrocheiro e o Jaen. Bom, pronto a levar para a mesa.
  • Barão de Nelas Touriga Nacional/Aragonês Reserva 2007.
e um Garrafeira 2004 da Quinta Mendes Pereira, em muito bom plano, jovem e vigoroso, antes de irmos aos vinhos de Touriga Nacional:

  • Quinta da Fata Touriga Nacional 2009. É um clássico do Dão. Não é muito comunicativo, mas isso também não importa. Grande vinho.
  • Quinta Mendes Pereira Reserva Touriga Nacional 2005. Polido e fresco.
  • Barão de Nelas Touriga Nacional 2007.
  • Quinta das Marias Reserva Touriga Nacional 2009. Talvez o mais fácil de beber do grupo de vinhos de Touriga e aquele que tem um perfil mais internacional.


E para acabar em beleza, uma geleia feita com uvas de Touriga Nacional da Quinta Mendes Pereira, as mesmas que deram o vinho.

 
Foi uma oportunidade de ouro para provar tantos vinhos diferentes feitos pelo mesmo Enólogo. São vinhos seguros e bem feitos, onde, mais do que a assinatura do Enólogo, transparece a terra ou o terroir que deu as uvas.
Belos vinhos do Dão, brancos, rosados e tintos, a revelarem elegância, frescura, carácter e longevidade. E, não menos importante, com uma excelente relação qualidade/preço.

Muitos parabéns ao António Narciso pelo execlente trabalho que tem vindo a desenvolver na região do Dão!

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