quinta-feira, 12 de julho de 2012

Bágeiras, Condessa de Santar, Inconnu, Gaivosa e Calém

Jantar recente, com um espumante da Bairrada e um branco de topo do Dão, antes de se rumar ao Douro para um tinto e um fortificado.


Um quinta da Gaivosa de 1999 foi à ultima hora substituído por um Inconnu da Fonte do Gonçalvinho e por um outro da Gaivosa, aqui o Vinha de Lordelo 2005. Os vinhos foram metidos à temperatura correcta e devidamente arejados. 

No início do jantar, abriu-se o espumante bruto natural rosé de 2010 da Quinta das Bágeiras. Ao contrário do espumante branco de que tinha falado aqui e que pede comida, este bebe-se bem a solo, embora seja um vinho com uma excelente aptidão gastronómica. Ainda acompanhou nas entradas, tábua de queijo, paté e uns folhados de alheira. Belo espumante, a um preço muito cordato (cerca de € 5,00). Em seguida, abriu-se o Condessa de Santar 2010, um topo do Dão, muito bem feito, com boa capacidade de guarda, etc. É um dos melhores brancos portugueses, mesmo que não se goste muito daquela madeira. Não é barato (€ 25,00 na garrafeira e € 19,00 na loja da Quinta do Encontro - já lá tinha comprado o de 2008 a treze como referido aqui, logo, subiram os preços) mas é muito bom.      


Depois das entradas, hora de ir ao prato principal e aos tintos. Lombinho de vitela mirandesa com molho de inspiração mirandesa, parecido com este e as mandatórias batatas a murro.



Carne no ponto, dourada por fora e bem rosada e suculenta por dentro. 



Nos vinhos, continuou-se no Dão. O Inconnu 2010 foi uma agradável surpresa. Feito pelo António Narciso na Quinta da Fonte do Gonçalvinho, faz parte de uma nova linha de vinhos, que incluem um varietal de Tinta Roriz e outro de Touriga Nacional. São três mil garrafas de um vinho que está para ir para o mercado (nesta data, ainda sem preço definido) e acerca do qual o enólogo nada diz. Está um vinho com muito interessante e que me fez lembrar um varietal de Alfrocheiro que provei há algum tempo. Muito boa fruta, não há cá baunilha da madeira, bebe-se muito bem, mas tem (muitas) pernas para andar. Belo vinho. A seguir, rumo ao Douro, abriu-se o Vinha de Lordelo 2005. Já tinha provado o 2003 (aqui) e o 2007 (aqui) e se o 2003 estava mais evoluído do que o esperado (ao fim de sete anos), este, com o mesmo tempo de garrafa estava glorioso. Exagerado em tudo, no corpo, no álcool, na concentração é também um vinho de filigrana, a mostrar do que as vinhas muito velhas do Douro quando sabiamente conduzidas, podem dar no que a vinhos diz respeito. Não é barato (cerca de € 45,00) mas há vinhos bem mais caros que não são tão bons. Para acompanhar a sobremesa ainda se abriu um Calem Tawny de 20 anos, mas que soube a pouco, depois deste Vinha de Lordelo.   


A sobremesa foram uns papos de anjo à moda de Mirandela, de que tinha falado aqui.


1 comentário:

  1. Gosto da sobremesa... ups, estou no Garficopo, não no face...
    Mesmo assim gosto!
    Beijinho.

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