Este Quinta da Fata é mais um dos vinhos de Encruzado do António Narciso e é bem capaz de ser o meu preferido. É um vinho austero e mineral que precisa de tempo em garrafa para se mostrar, mas que à mesa, brilha. E tem um preço muito simpático (a rondar os seis euros) que aparece como a cereja no topo do bolo. Belo vinho :)
Acompanhei-o com um bacalhau à Conde da Guarda de que já tinha falado aqui.
Gosto do ar «nobre» deste bacalhau... Já sei, já sei, não há envios ao domicilio, é mesmo para fazer se quiser provar.
ResponderEliminarTem um happy day!!!
Beijinhos.
Nunca é demais falar-se desse prato maravilhoso que dá pelo nome de Bacalhau à Conde da Guarda, que faço muitas vezes e que é, talvez, o meu bacalhau preferido entre todos, geralmente atribuído a Mestre João Ribeiro.
ResponderEliminarTenho dedicado algum tempo a esta questão da autoria e estou cada vez mais convencido da falsidade desta atribuição, penso que provocada em parte por José Quitério, em parte pelos filhos de João Ribeiro.
Mestre João Ribeiro nunca a escreveu, (bem como em relação ao Bacalhau à Universal, uma cópia exacta do Bacalhau à Brás), pois a sua honestidade a toda a prova não o permitiria.
Na verdade, quando, aos 29 anos, chega ao Hotel Aviz, como cozinheiro, em 1934, era aqui chef Mestre Manuel Ferreira, muito mais velho e que tinha já publicado em 1933 a receita do Bacalhau à Conde da Guarda na sua Cozinha Ideal.
Quando João Ribeiro chega à chefia do Aviz, em 1936 (e logo, à capacidade para escolher e decidir pratos), já o Conde da Guarda era uma receita publicada há 3 anos e provavelmente feita há muitos mais por Manuel Ferreira, que foi, de algum modo, um dos chefes mais determinantes na formação de João Ribeiro, no Aviz e no Vidago Palace.
Está talvez na hora de remar contra a corrente bem comportada de Quitério e devolver o Conde da Guarda ao seu presumível dono, Mestre Manuel Ferreira.