segunda-feira, 22 de julho de 2013

Trilogia 133 - Tesourinhos Deprimentes


Nestas trilogias com a Ana e o Luís, temos andado desde o dia 10 de Novembro de 2010 a seguir temas previamente acordados que apresentamos às quartas feiras. Na semana número 133 o tema foi tesourinhos deprimentes, sugerido por mim e a que o Luís respondeu com uma assertiva e divertida cronica a desmistificar alguns mitos de alguma sabedoria popular e apresentou uma feijoada de polvo, enquanto a Ana nos trouxe uns curiosos peitos de pato, mas sem pele. Eu, embora com alguma tardança, aproveito para discorrer um pouco acerca dum pastel salgado, muito peculiar, o rissol.

Basicamente é uma massa cozida e estendida a envolver um recheio, formando uma meia lua fechada que é panada e frita. Aparentemente simples no conceito, já na execução, a coisa pia mais fino e não é à toa que é muito raro ver um rissol bem feito na restauração. A começar pela massa (deixo aqui um post do Luís que bem explica como se faz), continuando no recheio (muitas vezes uma papa a saber vagamente a algo) e a acabar na fritura (com óleo usado, re-usado, tre-usado e catra-usado) é fácil perceber que o caminho para a desgraça é quase certo.

E o rissol é um dos melhores snacks que conheço. Bem feito e frito, com massa bem fina e bom recheio de carne, peixe ou marisco, é a companhia ideal para um copo de cerveja acabada de tirar. A depressão começa quando o rissol é mau e torna-se efectiva quando o rissol vem numa sandes ou, pior ainda, a fazer parte dum prato completo. 
    


É que por muito que se tente embonecar a coisa, isto fica sempre com um ar deprimente, seja num empratamento convencional, com os rissolinhos ao lado, quer seja num mais ousado empratamento vertical. Devo acrescentar que os rissois eram de camarão da Iglo e foram fritos naturalmente em óleo novo. Salvou-se o arroz, de cenouras e espargos e os tomates cereja :)




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