sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Trilogia 149, a da Galinha

Esta semana foi a vez da Ana sugerir o tema da trilogia a mim e ao Luís: galinha. E se quando penso em galinha, penso logo nos longos tempos de cozedura e nos exageros de partes gordas, também penso na concentração de sabores que a deixam a anos luz dos bons frangos de capoeira, para não falar dos comerciais, sejam do campo ou do aviário. E uma das melhores formas de tratar uma galinha é mesmo fazer uma canja, como esta de que falei aqui, ou um untuoso arroz de forno de fazer inveja aos de pato que apresentei aqui. Para esta trilogia resolvi fazer um ensaio a partir do tradicional frango de caril, aqui num longo estufado e com acompanhamento a fugir ao ubíquo arroz branco.
 
Tinha arranjado uma galinha que teria pouco mais de um ano. Carcaça, miúdos, ovos e asas foram para uma canja, coxas e sobrecoxas para um estufado e o peito (limpo de pele e osso) ficou reservado à espera desta oportunidade. Comecei por fatiar o peito em peças de pouco mais de um centímetro, piquei uma cebola e deitei a cebola e o peito da galinha num tacho de fundo grosso, juntamente com azeite a cobrir o fundo do tacho. Lume esperto e colher de pau a envolver tudo durante uns cinco minutos. Juntei uma malagueta seca, dois dentes de alho esmagados e picados e duas colheres de sobremesa de pó de caril Rajah, porreiro e do qual já tinha dado nota aqui e polpa de tomate (a gosto). Voltei a envolver, cobri com vinho branco, baixei o lume e deixei a estufar durante quase duas horas, até a galinha estar macia. Tirei a tampa ao tacho e subi um pouco o lume para engrossar o molho. 

 
Servi com batata, cenoura e couve branca cozidas.
 
 
 

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