domingo, 31 de dezembro de 2017

Provas #13


Este foi um almoço descontraído, com amigos e com quatro vinhos tintos dos anos 90.


A abrir, o Terras do Demo Rosé 2016 que, como referi recentemente (aqui), me parece mais fácil de beber, mas consensual do que em edições anteriores. Posso gostar menos, mas seguramente haverá muita gente a preferir este novo perfil, pelo que aposta parece ganha.

Quinta Grande 1993 é/era um vinho Regional do Ribatejo, com apenas 12,3º de álcool e que aguentou galhardamente a passagem de quase um quarto de século desde a colheita. Talvez o menos conhecido dos vinhos em prova, esteve em grande nível.

Fontanário de Pegões Garrafeira 1994. Falei dele no post anterior. Nada a acrescentar...

Quinta dos Bons Ares 1995, agora chamado apenas Bons Ares, é um clássico da Ramos Pinto que nunca desilude. Bebe-se muito bem entre o sétimo e o décimo ano de vida, mas aguenta mais uns bons anos. Esta não foi das melhores garrafas que abri recentemente, mas ao fim de vinte e dois anos, as coisas são mesmo assim.

Quinta do Ribeirinho Luís Pato Primeira Escolha 1996. Vem da mesma propriedade do Pé-franco e é um vinho que me tem dado muito prazer a beber nos últimos anos. Infelizmente esta garrafa não estava na melhor forma, mas outras virão, porque este vinho é mesmo muito porreiro.

Para acabar, um Taylor's Vargellas Vintage 2005, em muito boa forma e com décadas para viver em garrafa.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Provas #12



  • Murganheira Único Bruto 2013. É um espumante feito com Sauvignon Blanc, tem um preço próximo dos vinte euros e é indubitavelmente bem feito. Não deslumbrou, prefiro o Velha Reserva que, para mim, tem uma relação qualidade/preço de fazer inveja a quase tudo;
  • Areias Gordas Arinto 2016. Já tinha falado aqui do Fernão Pires e tinha referido que se devia ir provando, mas que era mais vinho de guarda. Este Arinto é mesmo para guardar; ainda muito novo, merece uns anos em cave para mostrar o que vale;
  • Outro Arinto, este de 1991, da Quinta do Poço do Lobo, é um dos meus brancos de referência. Infelizmente esta garrafa não estava no melhor nível, mas este é um vinhão, para abrir em boa companhia;
  • Fontanário de Pegões Garrafeira 1994. É um vinho de Cooperativa, feito pelo Eng. João Portugal Ramos a partir de uvas de Castelão e que vinte e três anos depois está em grande forma. Não há muitos tintos assim por cá. Grande vinho;
  • Quinta de Foz de Arouce 1990. Outro vinho do Eng. João Portugal Ramos, feito na propriedade dos sogros, perto da Lousã, a partir de uvas da casta Baga. Já provei este vinho algumas vezes, inclusive nesta memorável prova vertical. Ao fim de vinte e sete anos, cada garrafa é uma garrafa e esta também não estava nas melhores condições. O vinho estava muito bom depois de aberto, mas caiu ao fim de algum tempo. De qualquer forma, valeu a pena voltar a provar este vinho.


sábado, 16 de dezembro de 2017

Os Meus 10 Vinhos de 2017

Uma lista vale o que vale. Se provei coisas melhores? Provei, mas assim de repente (na verdade demorei umas duas horas a fazer a lista) estes foram os que mais me marcaram e deram prazer a beber este ano.


Quinta das Bágeiras Velha Reserva Bruto Natural 2001. Um espumante com uma edição limitada a 129 garrafas de 3 litros. Feito com Maria Gomes, Bical e Cercial, estagiou anos em cave e o dégorgement foi feito no dia 29 de Julho de 2015. Jovem, fresco, amigo do copo e da mesa, come as papas na cabeça a muitos Champagnes que custam dez vezes mais. Foi um grande privilégio ter provado este vinho...


Encontro Special Cuvée 2011 é uma pérola do Osvaldo Amado e um dos vinhos mais elegantes do ano. Grande Bolhas da Bairrada.


Marquês de Marialva Cuvée 2011. Outro do Osvaldo Amado, feito na Adega de Cantanhede. Fresco, complexo e sedutor, é pena não haver (que eu saiba) em Magnum...


Grande Borga Magnum 2010 Bruto da Casa Campolargo. Outro Enorme Espumante da Bairrada, com a Irreverencia de Carlos Campolargo...


Juvé & Camps "La Capella" 2005. O Topo da Casa, um Cava de sonho, outro bolhas galáctico... 


Passada a primeira metade da lista, cheia de bolhas, passo a um vinho branco, feito pelo Márcio Lopes no Douro Superior. Permitido de Centenária 2016. Está estupidamente novo, mas já se antevê que daqui a uns anos será um paradigma dos brancos do Douro. Imperdível...


Outro branco que impressionou foi este Baigorri 2006. Alguma oxidação nobre, muito complexo, para beber devagar com ou sem comida.


Nos tintos, não podia faltar o Mouchão. Na edição de 2009 aparece já pronto a beber, embora se possa guardar durante muitos anos. Um ícone do Alentejo e um portento de Vinho.


O outro grande tinto do ano foi o Reserva Pessoal 1997 do Eng. Domingos Alves de Sousa. Para mim, que gosto incondicionalmente do Quinta da Gaivosa, até mais do que do Abandonado ou do Vinha de Lordelo, este matou quase tudo o que bebi este ano. Mas é "apenas" o vinho a que o Eng. Alves de Sousa dá o nome. Enorme...


Para acabar a lista, um vinho que muito pouca gente provou, que não se deve encontrar no comércio, mas que foi o generoso/fortificado do ano, a meter no bolso muitos Portos, Moscatéis (do Douro ou de Setubal), Carcavelos, Madeiras e outros fortificados dos Açores. Este Graciosa com esta garrafa e este rótulo, foi do melhor que provei e fecha a lista em grande!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Proibido Grande Reserva 2015





"Mais um grande ano para este vinho, que começou em 2010 a sua saga. Com uvas provenientes de vinhas entre os 40 e os 80 anos, este ano, na minha opinião, encontramos um vinho mais redondo, que nada pesa no conjunto, acompanhado pela excelente acidez, pronto para beber agora ou guardar durante os próximos 20 anos"

É assim que o Márcio Lopes apresenta o seu tinto de topo, feito no Douro Superior. Tive o privilégio de o provar com o Márcio ainda em "amostra de barrica" e pareceu-me o mais apto para se beber em novo. Depois de engarrafado, naturalmente precisa tempo para se mostrar. Quando provei a primeira garrafa, há uns meses, ainda tínhamos um vinho muito novo. Agora deve estar mais equilibrado, no ponto para quem gosta de vinhos complexos, com "sangue na guelra", daqueles que pedem decanter, bons copos e boa comida. Muito escuro, arroxeado, deslumbra no nariz, aterra que nem ginjas na boca e tem um longo e elegante final. Para beber este Natal a acompanhar uma vitela ou um cabrito no forno, mas sobretudo para guardar umas garrafas e ir provando com boas carnes no forno. Daqui a uns dois ou três anos é capaz de acompanhar muito bem um rancho transmontano ou uma posta dita mirandesa. Grande vinho, é pena haver tão pouco...



quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Vinhos de Supermercado que dão prazer a beber...




Isto de ser enochato, de andar sempre à procura de vinhos diferentes que o comum dos mortais não bebe nem morto, às vezes cansa. Há algum tempo propus-me a encontrar vinhos fáceis de beber, que se encontram facilmente no supermercado e desafiei um amigo que gosta de bons vinhos para provar estes comigo num almoço descontraído.

  •  Prova Régia Arinto 2015, mais fechado que o 2016 de que dei nota aqui. Porreiro para beber daqui a uns dois ou três anos (PVP recomendado de € 3,49);
  • Esporão Branco Reserva 2015. Foi durante anos um vinho cheio de madeira, mas agora aparece mais composto e equilibrado, mais fresco, mais amigo do copo e da mesa. Com um PVP de referencia a rondar os € 15,00 não é propriamente barato, mas encontra-se facilmente. É o branco que escolhi, a pedido do Sergio, do Contra-Rótulo, para integrar a minha escolha de brancos para o bacalhau da Consoada;
  • Vinha Grande 2014, um ex-clássico da Casa Ferreirinha, que agora é lançado mais cedo no mercado, mas que se bebe com evidente prazer. Simples, com um PVP recomendado de € 10,00, agrada a gregos e troianos. Para beber e guardar.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Vinhos e um Cozido




Gosto muito de um cozido. Entre a escolha das carnes e dos legumes, diferentes cozeduras e diversos modos de preparação, cada cozido é único e irrepetível. Este levou pernil de porco previamente salgado e demolhado, cabeça de porco fumada, nispo de vitelão nacional, frango de capoeira e enchidos do Pingo Doce (são porreiros e baratos, é experimentar). Os legumes foram cozidos apenas em água com sal e no fim fez-se um arroz carolino com caldo de cozer as carnes e um pouco de salsa para refrescar.  


No que aos vinhos concerne, o Rama & Selas Bruto é competente e merece ser provado. Porreiro assim, sem mais nada ou a acompanhar entradas, carnes brancas ou pratos de peixe com alguma gordura. Ainda antes do cozido, abriu-se um Murganheira Pinot Blanc Bruto de 2013, bem feito, mas falta-lhe complexidade, IMHO, apesar de ter um prémio de Excelencia da RV...

Já com o cozido, provámos o Chumbado 2015, que é o Quinta das Bágeiras Reserva. Quando o Pai Abel Branco de 2011 foi "chumbado", desapareceu do mercado num ápice. Este Reserva tem um perfil diferente dos anteriores (por exemplo, o 2011), mais fechado e mais curto. Para guardar a ver se evolui bem. Depois abriu-se um Termeão 2005, um dos meus vinhos preferidos da Casa Campolargo. Os iluminados da Wine aconselhavam a beber até 2016 e eu, sem saber o que digo, digo que temos vinho para mais dez anos, sem surpresas... Para acabar, um Cabernet Sauvignon australiano, o Thomas Hardy de 2000. Grande Cabernet, crescido, polido. Confesso que gostei mais do Termeão, mas este é um grande vinho.



quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Strange Great Fine White Wines From Portugal


Os amaricanos não sabem onde vivemos, os japoneses se calhar também não sabem bem, mas na verdade nós vivemos num sítio fantástico que só peca por ser mal frequentado...


E temos gente a fazer vinhos estranhos, esquisitos, como o Espumante Bruto das Caves Messias, que custa cerca de cinco euros e é um espumantão. Não tem data de colheita, por isso, tanto se pode apanhar um acabado de fazer como se pode apanhar outro que já viveu anos em garrafa, que cresceu e que dá um grande gozo. Ou um Areias Gordas Fernão Pires de 2016, feito pelo Tomás Vieira da Cruz no Tejo, fresco, para provar e guardar, já que pelo menos meia dúzia de anos em garrafa lhe costumam fazer bem.
Podemos sonhar com um Rufia de Curtimenta 2016, feito em Penalva do Castelo pelo João Tavares de Pina (sonhar porque deve ser muito complicado comprar uma simples garrafa), que é diferente do "normal" e uma abordagem diferente e muito interessante ao que pode ser um vinho branco do Dão. Também de 2016, o Permitido; feito de Rabigato no Douro Superior pelo Márcio Lopes tem sido deixado um pouco de lado, por tudo o que se tem dito do Permitido de Centenária, mas que segue o seu caminho, tendo saído o 2013 e o 2015 antes deste. 
Tirando o espumante, que se encontra com facilidade (e tem uma relação qualidade/preço fantástica), os restantes são mais difíceis de encontrar. Belos vinhos, cheios de carácter, feitos para a mesa, mostram o desejo de quem os faz de mostrar vinhos diferentes, em alguns casos desalinhados. Venham muitos desses que nós agradecemos...







segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Prova Régia, Arinto de Bucelas daqueles obrigatórios




Quem vai tendo paciência para ler o que intermitentemente escrevo por aqui há mais de dez anos, já deve ter percebido que gosto muito de vinhos brancos, de preferência com alguns anos. 

Na verdade, temos vinhos simples e que desde que feitos com uvas sãs e vinificados sem pirotecnia, podem viver anos em garrafa e dar grande prazer na prova. De norte a sul e ilhas, temos belos brancos (não confundir com grandes brancos, como refere Pedro Garcias aqui e ali). 

Castas Portuguesas como Alvarinho, Loureiro, Avesso, Rabigato, Viosinho, Arinto, Bical, Encruzado, Malvasias, Maria Gomes/Fernão Pires, toda a família Cerceal, Antão Vaz, Síria/Roupeiro e algumas outras de que não me lembro assim de repente, brilham nos seus terrenos de eleição, ao mesmo que surpreendem em outras paragens, a solo ou em lote, muitas vezes com castas estrangeiras.

Mas o vinho de que que quero dar nota hoje é um simples Arinto de Bucelas. Custa € 3,49 na chamada moderna distribuição (PVP recomendado), apanha-se muitas vezes com um desconto de 25%, ou seja, custa menos de três euros. Prova Régia colheita; há um Prova Régia Reserva com um PVP a rondar os cinco euros e o Morgado de Santa Catherina que anda um pouco abaixo dos dez euros. A foto é dum 2011 que já não tenho. Mas quem quiser provar um vinho sério a preço bomba, procure os 2015 para guardar ou vá a correr comprar os de 2016. O colheita está pronto a beber, é fresco e cativante, o Reserva tem estágio em madeira que não chateia nada e já se bebe muito bem. Os mais antigos dão mais gozo, mas estes 2016 estão muito porreiros.



Se calhar vinhos destes deviam ser vendidos mais caros, mais de acordo com a sua qualidade e capacidade de evolução em cave, mas se os produtores os disponibilizam a estes preços, os consumidores agradecem...





sábado, 25 de novembro de 2017

Provas # 11


Vinhos abertos descontraidamente num almoço, apenas.



  • Espumante rosado aka Olho de Perdiz, Terras do Demo Bruto 2016. Feito em Moimenta da Beira a partir de uvas de Touriga Nacional, é um espumante cada vez mais consensual, pela sua versatilidade. Bom como welcome drink, pode acompanhar entradas e não vira as costas a pratos de peixe ou carnes brancas. Gosto, mas preferia colheitas anteriores, quando o vinho era mais austero e desafiante. Ainda assim, uma referência ao preço (cerca de oito euros);
  • Quinta da Murta colheita 2012. Pode não atingir a excelência do 2011, mas é um Arinto sério e grave que vai evoluir bem na garrafa. Com um PVP a rondar os seis euros, pede meças a vinhos mais caros e brilha à mesa a acompanhar desde umas ameijoas à Bulhão Pato (Bolhão é um Mercado do Porto) até uma bacalhauzada no forno. Para beber e guardar...
  • Dona Berta Reserva branco Rabigato de Vinhas Velhas 2015. Projecto do falecido Eng. Hernani Verdelho, feito em Freixo de Numão, Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior, é um vinho complexo, ainda muito jovem, mas que já se bebe muito bem. Um branco Duriense que cativa. (mais informação aqui);
  • Dona Graça Sousão Grande Reserva 2013. Um belo vinho do Douro Superior, muito equilibrado, a merecer prova atenta. À mesa, com uma posta ou um cabrito forneado, ele brilha. (mais informação aqui).


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Provas #10



Pouco garfo e faca aqui no blog. São mais vinhos...




  • A. Henriques Super Reserva, um espumante bem feito, porreiro como welcome drink ou para a mesa a acompanhar entradas. Porreiro, composto, a merecer prova;
  • Quinta do Ortigão Cuvée, obra do Osvaldo Amado, feito em Anadia nas propriedades da família Alegre. Belo Espumante;
  • Lisboa, do Hugo Mendes. Atrevido, com uma bela aptidão gastronómica, vai deixar saudades a quem não o puder provar daqui a uns anos;
  • Quinta de Foz de Arouce 2015; era um dos meus brancos de culto, mas anda algo arredado da excelência. A ver se evolui bem na garrafa...
  • Quinta da Portela da Vilariça 2001. Gostei muito. Sério e grave, belo vinho.
  • Warre's Quinta da Cavadinha Vintage 2001. Complexo e jovem, foi um belo companheiro no fim da refeição.


domingo, 12 de novembro de 2017

Conventual Reserva, Branco 2016, Tintos 2014




Já há bastante tempo que não provava nada da Adega de Portalegre. Em boa hora o Produtor lembrou-se e enviou os Conventual Reserva para prova.

O branco de 2016, feito com Roupeiro, Bical, Arinto e Fernão Pires de vinhas situadas a mais de 600m de altitude, da Serra de São Mamede. Aparece cheio, encorpado, mas com boa acidez. Tem 14º de álcool que não se notam desde que se beba o vinho à temperatura correta. Um vinho que liga bem com pratos gordos, como um bacalhau no forno, mas que, se se for mais ousado, e capaz de ligar muito bem com uns pezinhos de porco de coentrada. Muito bom, agora que está a começar a chegar o frio.

O tinto Reserva clássico de 2014 é feito com Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, também de vinhas a mais de 600m de altitude. Tem 14º de álcool e um carácter algo rustico, mas no bom sentido. Pode servir-se a 16º C em bons copos e ir apreciando a sua evolução ou então ser decantado uma hora antes de servir. Acho que precisa de um par de anos para estar no seu melhor, embora neste momento esteja bem interessante. Perfeito para uma vitela estufada a preceito.

O Vinha da Serra da Penha 2014 é feito com Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet, também a 600m de altitude e estagiou doze meses em barrica de carvalho francês. Muito diferente do clássico, mais elegante e pronto a beber, tem 13,5º de álcool e será seguramente do agrado de quem gosta dos vinhos mais redondos e fáceis de beber. Um vinho para ligar bem com um bom frango no forno.

Gostei dos vinhos, acho que a relação preço/qualidade é boa e merecem prova. O PVP ronda os dez euros.



quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Três Brancos, os novos e o velho e um Porto


Vinhos provados num almoço. 

Lisboa 2016 do Hugo Mendes a abrir. Já será difícil de encontrar, mas é daqueles vinhos que vale a pena guardar e ir provando. É feito com Arinto e Fernão Pires, tem apenas 11,5º de álcool e é um vinho que foge às modas. Já o provei algumas vezes, (deixei nota aqui, há seis meses) e a verdade é que cada vez gosto mais do vinho.

Seguiu-se o Ensaios Soltos, do Márcio Lopes. Viosinho do Douro Superior da colheita de 2015, fresco e com boa acidez, mas com bom corpo para o fazer brilhar à mesa. Edição limitada, também não será fácil de encontrar, mas vale a pena comprar umas garrafas e ir provando.

Resumindo, dois vinhos novos, com grande capacidade de guarda e muito bem feitos.


Depois abriu-se um clássico do Dão, o Porta de Cavaleiros branco de 2002. Feito num ano difícil, pede meças a muitos vinhos mais novos. Quinze anos após a colheita, é um vinho crescido, maduro e que mantém a frescura. Belo vinho.

Rematou-se com um Porto 10 anos da Quinta do Infantado, um dos meus preferidos.


sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Segundo Encontro de Produtores - SotaVinhos @ Hotel Palácio do Freixo




Foi assim, virado ao Douro que decorreu o segundo encontro de Produtores representados pela Sotavinhos, no Hotel Palácio do Freixo e no passado dia dois de Outubro.



Logo à entrada da sala, parte do portefólio da empresa...




Sala bem composta, logo ao inicio da tarde.


Destaco aqui dois produtores que fazem vinhos com uma excelente relação preço/qualidade, a Somontes no Dão e a Quinta da Cassa no Douro.



Iniciei a prova com bolhas, daquelas provenientes de Champagne, os Baron-Fuenté e os Canard- Duchêne. Excelentes os Milessimés das fotos e muito bons os outros em prova.



Passando ao nosso Tugal, uma mini vertical de Regueiro Primitivo (2013, 2014 e 2015), a provar que estes vinhos verdes precisam de alguns anos para se mostrarem. Barricas e Reserva a complementarem a prova, dirigida informalmente pelo Paulo Cerdeira Rodrigues



Hora de passar à Bairrada e a um dos mais carismáticos Produtores da Região, Carlos Campolargo. Muitos vinhos, muitas marcas que às vezes até nos confundem... 



Grande Borga 2010, um espumante de luxo, grandes brancos, grandes tintos. É provar.




Passei ao Douro Superior. Maritávora, ali em Freixo de Espada à Cinta e com Jorge Serôdio Borges a comandar a enologia. O branco colheita de 2015 é um must e a mini vertical dos Grande Reserva 2010,11 e 12 foi de estalo. Tintos em grande nível, também.



Rumo ao Alentejo de Dorina Lindemann e aos Quinta do Plansel. Muito bem feitos, frescos, nada chatos. Muito curioso o Tinta Barroca, muito bons os outros.


De volta ao Douro, a Vallegre. Os não fortificados, brancos, tintos e um rosado em muito bom nível.



A perdição foram os fortificados. 




Este relato está naturalmente incompleto, deixo aqui a impressão do Sérgio Costa Lopes, mas seria preciso mais tempo para provar tudo. Uma grande tarde e um agradecimento ao José Carneiro Pinto pelo convite. E que venham mais encontros assim.



terça-feira, 24 de outubro de 2017

Fiuza, Rosé e Chardonnay 2016




Já passaram alguns anos desde a ultima vez que provei vinhos deste produtor. O Rosé tem um toque de doçura que não me agrada muito. Beba-se bem fresco a acompanhar uns cogumelos salteados e a ligação é interessante.
Já o Chardonnay é outra historia. Fresco, com bom volume de boca, nada maçador, é um vinho que me deixou com vontade de o voltar a provar. É capaz de ganhar com um ano ou dois de guarda e será muito porreiro para acompanhar uma salada de bacalhau com grão ou um frango na púcara. Gostei.
Com um PVP a rondar os cinco euros, são vinhos a provar e a descobrir, já que o portfólio é vasto...

(vinhos enviado pelo produtor)