domingo, 30 de março de 2014

Pai Abel Chumbado, Quinta da Gaivosa 1999, PAPE 2005 e as harmonias...




Esta foi uma harmonização simples de comidas e vinhos, com pratos já testados e vinhos conhecidos, mas que mesmo assim me parece merecer divulgação. Jantar a abrir com umas entradas e já na mesa, Bacalhau à Conde da Guarda e o fantástico Pai Abel 2011, uma pérola da Quinta das Bágeiras. Ligação muito boa, naturalmente. 


Ainda com o bacalhau, Quinta da Gaivosa 1999, com raça e nervo para acompanhar este emblemático prato e a fazer uma bela transição a acompanhar um galo feito à moda estremenha, na púcara. O Quinta da Gaivosa é um dos grandes vinhos tintos do Douro, obra do Eng. Domingos Alves de Sousa, com Anselmo Mendes e Tiago Alves de Sousa. Passados quase quinze anos após a colheita, o vinho ainda está ali para quase todas as curvas. 


A seguir, um Pape 2005, de Álvaro de Castro, um ícone do Dão, feito com Baga da Pellada e na altura, com tourigo da Passarela, fresco e pujante, a finalizar o triângulo de vinhos em grande estilo. 

domingo, 23 de março de 2014

Quinta do Ortigão Espumante Bruto




Já provei este vinho algumas vezes e é daqueles espumantes da Bairrada que me caiu no goto, muito pela boa relação qualidade/preço, já que se encontra no Jumbo a quatro euros. Fresco, com boa bolha, bebe-se muito bem a solo ou a acompanhar comida e esteve muito bem à mesa com um arroz de pescada e camarão feito como este e que estava absolutamente delicioso.


Quinta de La Rosa Tinto 2009




A Quinta de La Rosa situa-se no Pinhão e tem Jorge Moreira (Poeira, RCV) à frente da enologia. Este tinto de 2009 tem um preço de referência a rondar os dez euros, é feito com Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca e passa por madeira. Tem 14,5º de álcool, bem integrados e é um vinho que está redondo e bom para beber a acompanhar pratos com alguma complexidade como esta vitela mirandesa estufada em vinho tinto. É muito bem feito e capaz de agradar a qualquer pessoa que goste de vinho tinto, embora eu preferisse que fosse um pouco menos guloso :)


segunda-feira, 17 de março de 2014

Loios Branco 2013




Acabado de chegar ao mercado, este Loios branco 2013 continua a ser uma referência nos brancos abaixo dos três euros. Vem de Estremoz, mas é fresco e vibrante, pronto para ser bebido a solo ou a acompanhar umas entradas marisqueiras ou mesmo pratos de peixe com alguma gordura, como este arremedo de bacalhau à braz, feito a correr e com as batatas fritas de pacote. Simples e directo, é como tinha referido aqui, um vinho para ter no frigorífico. Bela relação qualidade/preço, mas isso não é novidade nos vinhos do Eng. João Portugal Ramos.


(vinho enviado pelo produtor)

domingo, 2 de março de 2014

Quinta do Infantado Porto LBV 2007




Porto LBV não filtrado, feito em Gontelho, Covas do Douro, ali a uns quatro quilómetros do Pinhão, pelo João Roseira e pela Fátima Ribas, com Luís Soares Duarte como enólogo consultor. Abre com notas químicas e muita e boa fruta, madeira no ponto e alguma secura que fazem que apeteça sempre beber mais um bocadinho. Custa cerca de quinze euros e é um crime não provar e guardar umas garrafas para beber daqui a uns anos. Neste momento, está excelente para acompanhar bolos com frutos secos e cristalizados e qualquer queijo que se lhe meta à frente, ou ainda um naco de vitela mirandesa grelhada e temperada com pimentas.

Dona Maria Reserva 2005




Uma das referências incontornáveis do Alentejo, este Dona Maria Reserva 2005, feito com Alicante Bouschet, Petit Verdot e Syrah. Boas notas de fruta, madeira de luxo, levemente especiado, com frescura e acidez correctas, continua em grande forma, quase nove anos após a colheita. Grande vinho, que brilhou a acompanhar uma feijoada de pernil de porco fumado, com moira de Lamego, chouriço da Guarda e chouriço de porco preto Alentejano. Custa cerca de vinte e cinco euros, mas vale-os bem. Belo vinho.


Tons de Duorum Tinto 2012




Tons de Duorum é o vinho de entrada de gama da Duorum vinhos, de João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco. Custa quatro euros e encontra-se em quase toda a parte. Este 2012 pareceu-me mais limpo na fruta e com menos madeira do que a edição anterior. Gostei muito da companhia que fez a um frango na púcara com legumes a acompanhar. Um vinho do Douro Superior feito para agradar e que agrada muito, ao preço.


(vinho enviado pelo produtor)

Terra d'Alter Touriga Nacional 2012


Este vinho foi comprado quase às cegas numa promoção do Pingo Doce. Saiu a três euros a garrafa e temos um tourigo do Alentejo, fresco e com acidez no ponto, nada cansativo. O preço normal é de seis euros e vale a pena comprar já para provar e merece que se guardem umas garrafas para acompanhar a sua evolução durante uns anos. Gostei muito de o provar com um entrecosto de porco no forno, batatas assadas e legumes cozidos a acompanhar.


Carolina Douro Branco 2012





Este Carolina é um vinho produzido pelo Luís Cândido da Silva, proprietário da Garrafeira Tio Pepe e com enologia de Jean-Hugues Gros. Feito a partir de uvas de Malvasia Fina da zona da Régua e Viosinho e Rabigato da zona de Tabuaço, é um vinho com estrutura para acompanhar pratos de peixe com alguma complexidade, como esta caldeirada feita com raia, safio, pata roxa e mais alguns peixes. Nesta edição de 2012 pareceu-me mais fresco. Muito bom ao preço (cerca de oito euros) é um vinho que merece prova atenta.


Dona Maria Petit Verdot 2010




Um monocasta de Petit Verdot de Julio Bastos, com enologia da Sandra Gonçalves. Floral e com boas notas de frutos do bosque, madeira muito bem integrada, é um vinho complexo e algo guloso a que apenas falta alguma frescura para brilhar. De qualquer modo, num dia frio e com umas tripas à moda do Porto, bebe-se com muito prazer. Custa cerca de quinze euros, valor justo face à qualidade do vinho.